segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Crônica: Eu lembro do seu rosto

   Lucy saiu do trabalho naquela mesma rotina tediosa, ela não aguentava mais a hipocrisia das pessoas que encontrava todos os dias. Eu segui seus passo como sempre fazia, afinal morávamos no mesmo prédio.
   Sua face demonstrava tranquilidade e seus passos eram rápidos, mas algo estava diferente.
   Entrei em meu apartamento, haviam algumas cartas, contas e propagandas de promoções de lojas, percebi que uma das contas era de Lucy que fora entregue e mim por engano.
   Resolvi levar a conta para Lucy. Bati na porta uma, duas, três, quatro vezes, decidi abrir a porta.
   Lá estava ela, seu rosto era calmo, expressão tranquila e serena, estava morta.
   Ei Lucy, eu lembro do seu rosto, deixei doze rosas no seu túmulo hoje.

                                                                         Nayara Alves

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